domingo, 25 de agosto de 2013

A volta... com o velho

   

 

 

Isso está um pouco atrasado, eu sei. Estava loca loca loca pra ver esse filme na época e minhas expectativas eram enormes. Então, quando eu vi e me decepcionei, resolvi escrever sobre minha decepção.

E diante da decisão de voltar temporariamente para esse humilde blog abandonado (por influência de uma amiga monstra...rsrsrs), resolvi colocar aqui também. Afinal, a baboseira já estava escrita e provavelmente só eu irei ler...rsrsrs.

 

 

PODE CONTER SPOILERS!!! (E CERTAMENTE CONTÉM CONTRA-INDICAÇÕES)



Man of Steel


Direção: Zack Snyder (eca!)
Roteiro: David S. Goyer
Ano: 2013
 


Eu acho que fui ludibriada pelos trailers que vi. Imaginei outra proposta de filme e ao final de O homem de aço, só posso pensar que o dito cujo é amaldiçoado. Deve ser coisa do Batman.


O que eu vi?


Um filme muito corrido. Com cerca de 50 minutos de filme, já tivemos Krypton sendo destruído, Jor-El enviando o filho para a Terra, a infância de Kal-El, a revolta de Kal-El por ser diferente, Jor-El surgindo do nada e contando toda a história de sua origem didaticamente, sem qualquer momento entre pai e filho que nos fizesse sentir alguma coisa já que era a primeira vez que se viam, e o surgimento do Superman em seu uniforme já conhecido, como se fosse a coisa mais natural do planeta.


A partir daí, temos ação, ação, ação,flashback, ação, ação, ação, uma fidelidade e confiança bastante forçada e rápida entre Lois e Clark, ação, ação, ação,  flashback, ação, ação, ação, e aí temos o fim, com Super salvando o mundo, claro. E uma surpresinha. 
  
As cores do filme são aquilo que todo mundo já sabe.Tudo muito puxado para o azul e o vermelho. Mas isso é o óbvio. São as cores do herói. Nada surpreendente ou original. Inclusive, se não me engano, uma das primeiras cenas de Kansas (senão a primeira) mostra a bandeira dos Estados Unidos, que também possui as mesmas cores e claro, mostram todo o nacionalismo do filme. Óbvio demais. A música de Hans Zimmer cumpre o papel como sempre, embora não seja marcante como seus trabalhos anteriores (Inception, Sherlock Holmes, etc). Figurinos bem feitos,  trazendo um ar mais sério e até mesmo soturno a Krypton. E efeitos especiais a dar com o pau, como seria o esperado. Só achei que os movimentos de câmera são estranhos em alguns momentos. A câmera treme levemente até mesmo em sequências calmas de conversas. Não entendi o propósito disso, mas enfim...



  O que eu tirei de bom desse filme? 




Bem, todas as sequências de flashback mostrando a infância de Clark foram muito tocantes e conseguiram mostrar o isolamento e a angústia sentidos pelo menino e mais tarde, pelo jovem. A figura do pai repleto de virtudes também estava presente, sempre lembrando ao filho de que grandes poderes geram grandes responsabilidades (ops...essa é de outro herói).

Toda essa parte humana da história de vida do jovem Clark, representada pela influência positiva de Martha e Johnatan foi realmente um dos pontos fortes do filme pra mim. Tanto que uma de minhas cenas favoritas é quando Clark vê a mãe sendo ameaçada por Zod e em um ato de fúria, o arrasta atráves de prédios e o esmurra perguntando como ele ousa ameaçar a mãe dele. Foi um ato de raiva e descontrole que é difícil associar ao Superman sempre tão cheio de virtudes e incapaz de atos animalescos como esse.



Mesma coisa, acontece no final, quando ao escolher a Terra e os humanos como seu povo, realiza um ato brutal para impedir que um grupo de pessoas morram. A dor que ele sente ao realizar este ato de extrema violência, é transmitida ao espectador e o modo como abraça Lois demonstra a enorme fragilidade em que se encontra naquele momento.

Aliás, Lois é um ponto fraco do filme pra mim (Assim como Perry White... O que fizeram com ele, meu Deus? Melhor seria se tivessem retirado o personagem do filme). A Lois que está em minha cabeça é uma Lois fodástica, sarcástica, poderosa. E Amy Adams não conseguiu me passar isso. Mas aí é uma decepção muito pessoal mesmo, pois sempre encarei Lois como uma heroína também e essa que eu vi está muito suave.


Outra cena importante relacionada à história de vida dele foi a morte do pai. Após uma briga, ele perde seu pai por não poder se expor (e por acreditar e respeitar o que seu pai dizia: que se ele revelasse ao mundo quem era, não seria aceito), pois certamente, salvá-lo naquela situação seria algo trivial pra ele. Isso certamente, gerou uma culpa e um senso de responsabilidade, que moldou grande parte da personalidade de Clark. E Johnatan já sabia que seu filho mudaria vidas ao observá-lo brincando com sua capa vermelha no quintal. Ele não precisava tê-lo visto em um uniforme pra ter certeza disso.

Um ponto que acho interessante ressaltar é Zod explicando para o Super qual era a missão dele no mundo e que ele havia destruído isso, que ele havia destruído a chance que ele tinha de salvar o seu povo. Pior, não havia mais povo a ser salvo, e isso era o único motivo pelo qual ele vivia. Sendo assim, o único passo lógico para ele seria destruir Clark e o povo dele. Sinceramente, quem pode culpá-lo? Eu até senti pena do cara. Ele podia estar tentando fazer isso de um jeito torto, mas o objetivo dele era nobre. Era salvar a sua gente. Um lance meio Magneto, né...

E no final do filme vemos algo curioso, que me surpreendeu. Vimos o Superman virando Clark Kent e não o contrário, como seria o usual, e confesso, era o que eu esperava  ter visto. Esse foi um ponto positivo pra mim. Na verdade, o filme me ganhou nessas partes mais dramáticas (e isso não me surpreende, porque é onde está meu gosto pessoal) e nesse final, que achei no mínimo curioso e porque não, fofo. Sim, posso usar os termos mais ridículos que eu quiser pra descrever o final de um filme, simplesmente porque eu quero...rsrsrsrs.

De resto, fiquei mais ansiosa pela sequência (vai ter, né?), porque então verei Clark tal qual o conheço, com os óculos e trabalhando no Planeta Diário, mesmo que seja com uma Lois sem sal que já sabe quem ele é e quem sabe, Lex Luthor, pois ver “Lexcorp” escrito no caminhão-tanque foi priceless...rsrsrsr


O que eu concluí?


Eu concluí que agora tive a maior prova do que o Pablo Villaça disse no maravilhoso curso Forma e Estilo Cinematrográficos, do qual tive a honra de participar: NAO CRIE EXPECTATIVAS AO VER UM FILME. Eu criei... aff...




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