Isso está um pouco atrasado, eu sei. Estava loca loca loca pra ver esse filme na época e minhas expectativas eram enormes. Então, quando eu vi e me decepcionei, resolvi escrever sobre minha decepção.
E diante da decisão de voltar temporariamente para esse humilde blog abandonado (por influência de uma amiga monstra...rsrsrs), resolvi colocar aqui também. Afinal, a baboseira já estava escrita e provavelmente só eu irei ler...rsrsrs.
PODE CONTER SPOILERS!!! (E CERTAMENTE CONTÉM CONTRA-INDICAÇÕES)
Man of Steel
Direção: Zack Snyder (eca!)
Roteiro: David S. Goyer
Ano: 2013
Eu acho que
fui ludibriada pelos trailers que vi. Imaginei outra proposta de filme e ao
final de O homem de aço, só posso pensar que o dito cujo é amaldiçoado. Deve
ser coisa do Batman.
O que eu vi?
Um filme
muito corrido. Com cerca de 50 minutos de filme, já tivemos Krypton sendo
destruído, Jor-El enviando o filho para a Terra, a infância de Kal-El, a
revolta de Kal-El por ser diferente, Jor-El surgindo do nada e contando toda a
história de sua origem didaticamente, sem qualquer momento entre pai e filho
que nos fizesse sentir alguma coisa já que era a primeira vez que se viam, e o
surgimento do Superman em seu uniforme já conhecido, como se fosse a coisa mais
natural do planeta.
A partir
daí, temos ação, ação, ação,flashback, ação, ação, ação, uma fidelidade e
confiança bastante forçada e rápida entre Lois e Clark, ação, ação, ação, flashback, ação, ação, ação, e aí temos o
fim, com Super salvando o mundo, claro. E uma surpresinha.
As cores do filme são
aquilo que todo mundo já sabe.Tudo muito puxado para o azul e o vermelho. Mas
isso é o óbvio. São as cores do herói. Nada surpreendente ou original.
Inclusive, se não me engano, uma das primeiras cenas de Kansas (senão a
primeira) mostra a bandeira dos Estados Unidos, que também possui as mesmas
cores e claro, mostram todo o nacionalismo do filme. Óbvio demais. A música de
Hans Zimmer cumpre o papel como sempre, embora não seja marcante como seus trabalhos anteriores (Inception, Sherlock Holmes, etc). Figurinos bem feitos,
trazendo um ar mais sério e até mesmo soturno a Krypton. E efeitos
especiais a dar com o pau, como seria o esperado. Só achei que os movimentos de
câmera são estranhos em alguns momentos. A câmera treme levemente até mesmo em
sequências calmas de conversas. Não entendi o propósito disso, mas enfim...
O que eu
tirei de bom desse filme?
Bem, todas
as sequências de flashback mostrando a infância de Clark foram muito tocantes e
conseguiram mostrar o isolamento e a angústia sentidos pelo menino e mais
tarde, pelo jovem. A figura do pai repleto de virtudes também estava presente,
sempre lembrando ao filho de que grandes poderes geram grandes
responsabilidades (ops...essa é de outro herói).
Toda essa
parte humana da história de vida do jovem Clark, representada pela influência
positiva de Martha e Johnatan foi realmente um dos pontos fortes do filme pra
mim. Tanto que uma de minhas cenas favoritas é quando Clark vê a mãe sendo
ameaçada por Zod e em um ato de fúria, o arrasta atráves de prédios e o esmurra
perguntando como ele ousa ameaçar a mãe dele. Foi um ato de raiva e descontrole
que é difícil associar ao Superman sempre tão cheio de virtudes e incapaz de
atos animalescos como esse.
Mesma coisa,
acontece no final, quando ao escolher a Terra e os humanos como seu povo, realiza
um ato brutal para impedir que um grupo de pessoas morram. A dor que ele sente
ao realizar este ato de extrema violência, é transmitida ao espectador e o modo
como abraça Lois demonstra a enorme fragilidade em que se encontra naquele
momento.
Aliás, Lois é
um ponto fraco do filme pra mim (Assim como Perry White... O que fizeram com
ele, meu Deus? Melhor seria se tivessem retirado o personagem do filme). A Lois
que está em minha cabeça é uma Lois fodástica, sarcástica, poderosa. E Amy
Adams não conseguiu me passar isso. Mas aí é uma decepção muito pessoal mesmo,
pois sempre encarei Lois como uma heroína também e essa que eu vi está muito
suave.
Outra cena
importante relacionada à história de vida dele foi a morte do pai. Após uma
briga, ele perde seu pai por não poder se expor (e por acreditar e respeitar o
que seu pai dizia: que se ele revelasse ao mundo quem era, não seria aceito),
pois certamente, salvá-lo naquela situação seria algo trivial pra ele. Isso
certamente, gerou uma culpa e um senso de responsabilidade, que moldou grande
parte da personalidade de Clark. E Johnatan já sabia que seu filho mudaria
vidas ao observá-lo brincando com sua capa vermelha no quintal. Ele não
precisava tê-lo visto em um uniforme pra ter certeza disso.
Um ponto que
acho interessante ressaltar é Zod explicando para o Super qual era a missão
dele no mundo e que ele havia destruído isso, que ele havia destruído a chance
que ele tinha de salvar o seu povo. Pior, não havia mais povo a ser salvo, e
isso era o único motivo pelo qual ele vivia. Sendo assim, o único passo lógico
para ele seria destruir Clark e o povo dele. Sinceramente, quem pode culpá-lo?
Eu até senti pena do cara. Ele podia estar tentando fazer isso de um jeito
torto, mas o objetivo dele era nobre. Era salvar a sua gente. Um lance meio
Magneto, né...
E no final
do filme vemos algo curioso, que me surpreendeu. Vimos o Superman virando Clark
Kent e não o contrário, como seria o usual, e confesso, era o que eu
esperava ter visto. Esse foi um ponto
positivo pra mim. Na verdade, o filme me ganhou nessas partes mais dramáticas
(e isso não me surpreende, porque é onde está meu gosto pessoal) e nesse final,
que achei no mínimo curioso e porque não, fofo. Sim, posso usar os termos mais
ridículos que eu quiser pra descrever o final de um filme, simplesmente porque
eu quero...rsrsrsrs.
De resto,
fiquei mais ansiosa pela sequência (vai ter, né?), porque então verei Clark tal
qual o conheço, com os óculos e trabalhando no Planeta Diário, mesmo que seja
com uma Lois sem sal que já sabe quem ele é e quem sabe, Lex Luthor, pois ver “Lexcorp”
escrito no caminhão-tanque foi priceless...rsrsrsr
O que eu concluí?
Eu concluí que agora tive a maior prova do que o Pablo Villaça disse no
maravilhoso curso Forma e Estilo Cinematrográficos, do qual tive a honra de participar:
NAO CRIE EXPECTATIVAS AO VER UM FILME. Eu criei... aff...
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