segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Coisas que ando vendo...




Ok, inventei de ver uma série há algum tempo chamada Switched at Birth, sobre duas meninas trocadas na maternidade e que tempos depois, descobrem a verdade e tem que aprender a conviver com suas famílias biológicas. Hoje percebi que ela tem 30 episódios na primeira tmeporada...

Err... como assim, uma série sobre drama familiar ter 30 episódios???? Não sei se entro em pânico ou saio dando pulinhos de alegria.

Minhas outras séries em atividade são: Grey's Anatomy, Parenthood, Castle, The Newsroom, Supernatural, Hannibal e Rectify.  Embora esteja muito lenta com essas três últimas.

Valem muito mais que uma olhada!

Té!

domingo, 29 de setembro de 2013

Doubt







 Dúvida (Doubt)


Direção:  John Patrick Shanley

Roteiro:  John Patrick Shanley

Ano: 2008





“O que você faz quando não tem certeza?”  

(Padre Flynn)


“- O que é, irmã?
 - Eu tenho dúvidas.”  

(conversa entre irmã James e irmã Aloysius)


Que filme!!! Não bastasse Meryl Streep e Philip Seymour Hoffman, ainda temos uma participação mais que especial da também incrível Viola Davis. Amy Adams também participa do filme como uma freira ingênua e insegura. Um pêndulo no relacionamento entre padre Flynn e Aloysius Foi de quem menos gostei, mas fez o seu papel. Provavelmente, é porque não gosto muito da atriz mesmo. E foi então que descobri em um site de cinema que inicialmente, a atriz chamada para fazer o papel de irmã James era Natalie Portman!!!! PQP!!! Imagine Natalie, Meryl, Philip e Viola em um mesmo filme!!!! Caaaaaaaaaaara, posso matar Natalie por não ter aceitado???


O filme se sustenta em diálogos, expressões, respirações, sugestões... É basicamente um filme de atores. Seu tema é a dúvida. Devemos agir, mesmo sem ter a certeza de algo? A personagem de Meryl acreditou que sim.  Não existiam provas de que Padre Flynn estivesse realmente aliciando o garoto Donald, mas diante de relatos da irmã James (também incertos, o que me lembrou a menina do filme "Desejo e Reparação") e de observações dela própria (talvez contaminadas pelo fato de ela já não gostar do padre), não poderia se dar ao luxo não fazer nada, mesmo que suas ações baseadas em incertezas pudessem corroê-la no futuro. Algo maior estava em jogo.




O filme tem uma fotografia magnífica e atuações brilhantes. Ainda pretendo vê-lo de novo, pois algumas partes do filme ainda ficaram obscuras pra mim. Como é um filme que sugere muito mais do que diz, até porque a grande questão do filme é a incerteza (e isso foi conduzido de forma absurdamente competente  pelo diretor. O filme respira incerteza), muitas coisas ficam subentendidas e outras nem mesmo isso. São deduções e entendimentos que o próprio espectador deve procurar. Eu não achei todas as motivações e explicações  e quanto mais penso sobre o filme, acredito que entendi menos ainda. Como por exemplo, a cena em que irmã James se descontrola com um aluno e o manda à sala da reitora.  Esse menino também sofria abusos? E o outro menino loiro que vivia aprontando para ficar fora da escola? Ele também era aliciado? Ou será que nenhum deles era e padre Flynn só não conseguiu suportar todas as desconfianças de Aloysius? O que fez irmã James acreditar em padre Flynn? O fato de estar se transformando na irmã Aloysius e não conseguir suportar esta ideia ou a vontade de acreditar nos ideais de padre Flynn?




Aliás, essa marcação de diferentes universos aparece bastante no filme. Ele é bem claro ao mostrar o mundo dos homens (com mais poder e mais liberdade) e o mundo das mulheres (mais rígido e submisso) da época. A cena das refeições é o melhor exemplo disso. Enquanto padre Flynn ri e conta piadas em seu jantar, irmã Aloysius se limita a fazer sua refeição em silêncio com as outras freiras, enquanto ajuda uma delas, já com problemas de visão (e por causa disso, com possibilidade de ser expulsa, representando talvez, o descarte do que não é mais útil) a encontrar seus talheres. Eles reproduzem os dois lados do mundo: opressor para uns e libertário para outros. No meio disso, está irmã James, que possui um pouco dos dois mundos dentro de si.




Outra cena genial é a conversa entre irmã Aloysius e a sra. Miller sobre Donald e suas suspeitas. Além de ser o primeiro negro  admitido naquela escola, o que por si só, já deixava o menino em uma situação desconfortável, deu a entender que o pai do garoto havia descoberto alguma coisa, pois sra. Miller diz que a surra que o filho levou não foi pelo vinho que Donald havia bebido. Diante disso, existia apenas uma mãe que queria que o filho tivesse alguma oportunidade na vida, que também não entendia muito bem o que estava acontecendo e que estava disposta a passar por cima até mesmo de um suposto relacionamento impróprio entre o filho e padre Flynn, para que isso acontecesse. Afinal, seria "apenas" até junho. Nessa cena, eu pelo menos, me vi agindo como a personagem de Meryl a princípio, indignada com o que estava ouvindo daquela mãe, até perceber que ela também não sabia o que fazer, que também estava perdida. E esta talvez fosse a única oportunidade que seu filho teria em um mundo que ainda não tinha espaço pra ele. Como tirar esta oportunidade das mãos dele? Como afastá-lo da única pessoa que parecia aceitá-lo, mesmo que isso significasse suportar coisas inaceitáveis? A verdade é que ali, estavam conversando duas mulheres completamente diferentes (repare no figurino de cores opostas), com histórias de vida completamente diferentes e uma não tinha nem ideia do que a outra já passou, logo, não havia espaço para julgamento. Apenas para decisões a serem tomadas ou como a própria Aloysius diz, para ações. Era só o que importava. E diante de tantas incertezas, como agir? Ou pior: devemos agir?




É o tipo de filme que só poderia ter sido feito por feras mesmo, pois ele depende unicamente de atuações, de pessoas que possam transmitir (ou não), toda a confusão mental daqueles personagens.  Não que premiações sejam a única maneira de provar que um filme é bom, mas o filme foi indicado a cinco prêmios Oscar: atriz (Meryl), atriz coadjuvante (Viola e Amy), ator coadjuvante (Philip) e roteiro adaptado. A mesmas indicações para o Globo de Ouro e três indicações para o Bafta. Mais que merecidas!!! "Dúvida" é um filmaço!!!


Agora, ignore Amy Adams, imagine que é Natalie Portman (e ignore também a barriga de Leo Jaime de Philip) e sorria feito bobo com a qualidade do elenco:



Té!

John Mayer





A última semana foi uma das mais surreais da minha vida. Vi John Mayer TRÊS vezes!!! Sei lá... indescritível!!!




Há alguns meses, quando soube que ele faria show em Buenos Aires, comecei a maquinar algumas coisas na minha mente. Tentei arrastar algumas pessoas nessa doideira e não consegui, infelizmente. 

Mas a questão é que em 16 de Setembro de 2013, EU VI JM PELA PRIMEIRA VEZ!


Crédito: Mariana Pereira


Após enfrentar um frio absurdo desde as 16:30 na fila para entrar no Luna Park, EU VI JOHN MAYER!!! Impossível conter algumas lágrimas ao vê-lo entrando no palco, o que durou até a terceira música, que nem ao menos é minha preferida. As lágrimas também vieram em algumas outras músicas pelo meio do show e claro, na arrebatadora Gravity, que encerrou o espetáculo. E logo eu que sempre zoei pessoas que choram em shows... Só que devo dizer que chorei discretamente, ok! rsrsrs
  
O dia seguinte também foi presenteado com mais um show, que deveria ser o único na cidade e que foi meu primeiro ingresso comprado. Bem mais tranquilo. Foi com lugar marcado, sem aperto. Mais um choque ao ouvir Daughters pela primeira vez. E mais lágrimas.



Alguns dias depois, mais precisamente no dia 20 de Setembro de 2013, comecei a receber minhas amigas de outros estados, que vieram para que fôssemos ao Rock in Rio no dia seguinte para mais um show de John, o que tornou o evento mais especial ainda, pois estar com essa galera é sempre um privilégio. Tínhamos tudo preparado em nossa mente. Visualizávamos a grade!!! Mas não contávamos com o motorista do ônibus que se perdeu e fez com que chegássemos após a abertura dos portões. Mesmo assim, sobrevivemos ao calor e conseguimos a grade lateral. Todos os shows foram maravilhosos e apesar do show menor que o habitual, JM não decepcionou de forma alguma e ainda nos presenteou com Stop this Train que até então, estava sendo o motivo de minha dor de cotovelo em relação ao show de São Paulo (único da América do Sul em que não fui) e Why Georgia além de um pedacinho de Neon.




Se eu juntar os três shows, vi uma seleção de muitas músicas antigas que amo e fiquei imensamente satisfeita. Ele é extremamente simpático e a banda é maravilhosa. Além disso, em SP, ele prometeu que viria aqui todo ano!!! Estaremos esperando ansiosamente!!!

De resto, só posso dizer novamente que tão bom quanto ter visto John Mayer, é ter visto na companhia de pessoas tão queridas e surtadas quanto eu.

E pra encerrar, a melhor apresentação de Gravity:



terça-feira, 10 de setembro de 2013

20 anos de Arquivo X





Hoje, 10/09/2013, Arquivo X completa 20 anos. E essa pequena mensagem é apenas para deixar registrado que Chris Carter e toda a equipe responsável por esse grande sucesso, mudaram minha vida e que eu agradecerei eternamente por isso!!! 

É difícil levar a sério que uma pessoa atribua tanta coisa a uma "simples" série de TV... A verdade é a seguinte: se eu tenho que explicar isso pra você, é sinal de que você não deveria estar lendo nada nesse blog. Falei!

Falei isso no Facebook e repetirei aqui:

"Gente... X FILES é amor!!! Tem jeito não!!!

Que outra série desperta tanta paixão e admiração, inclusive da própria equipe e atores, mesmo após 20 ANOS??? Não existe outra. Esse texto da Gillian é a prova (isso se refere a um texto de Gillian Anderson sobre os 20 anos).

Eu posso dizer hoje que amo algumas outras séries sim, mas AX ocupa um lugar que nenhuma outra nunca ocupará. Até mesmo pela importância das várias coisas que essa série me trouxe.

Só um EXCER pode dizer que reinventou o modo de assistir séries em uma época em que internet era artigo escasso e que moldou todo um segmento. Muitos copiaram, termos criados por NÓS foram adaptados... Mas tudo teve origem com o nosso povo.

Sim, nós EXCERS somos especiais. Estamos em um nível de amor que nenhuma outra série tem ou terá. Pelo simples fato de que nós não somos modinha!!! Nós somos os melhores fãs e somos os mais fiéis!!! Nós somos pra sempre!!!

É como diria o Kid Abelha... Arquivo X, depois de você, os outros são os outros e só!

Obrigada, Chris Carter e toda a equipe que contribuiu para esse grande sucesso de público E crítica!!!

FELIZ ANIVERSÁRIO DE 20 ANOS!!!

E estaremos juntos na maioridade ano que vem!"


E aqui vai um blog muito lindo da Josi sobre Arquivo X e um texto mais que especial em comemoração aos 20 anos: Arquivo X - Episode Guide


sábado, 7 de setembro de 2013

El Hijo de la Novia








Esse é mais um filme do que estou chamando de "Projeto Argentina". Coincidentemente ou não, é mais um de Darín (porque o cara faz 99% dos filmes. Não tem como fugir dele). Tenho um "Projeto Hitchcock" também, então, provavelmente, em breve terei alguma coisa dele por aqui também.





O filho da noiva (El hijo de la novia)


Direção: Juan José Campanella
Roteiro: Juan José Campanella e Fernando Castets
Ano: 2001




“Ela pedia que a seguissem... que ia levá-las à melhor mesa. Dizia isso pra todo mundo, que os levaria à melhor mesa.  E todos acreditavam, porque se ela te levava... era a melhor mesa”

          (Nino Belvedere)




Saudades e um amor tão profundo que chega a doer a alma. Filme lindo!


Esse filme é mais uma parceria entre Ricardo Darín e Juan José Campanella e é um drama familiar, do cotidiano. Se você não gosta desse tipo de filme, nem comece a ver.  Aliás, esses argentinos não prestam. Fui ver esse filme pensando que era outro e quebrei minha cara. Soco no estômago. Fiquei lá que nem uma idiota chorando do início ao fim.  Pensei até que estivesse vendo “Amour” por engano (Se bem que Amour deve ser mil vezes “pior”). Masoquismo define.  Mas é maravilhoso. Comovente e delicado.


Ele conta a história da família de Rafael, um homem que está passando por uma crise existencial: está em um relacionamento, mas não quer assumir nenhum compromisso, o restaurante da família está indo mal das pernas e o relacionamento com sua ex-mulher e sua filha está cada vez pior.  Além disso, sempre teve um um relacionamento delicado com a mãe, Norma (Norma Alejandro), que por sua vez, nunca levou fé no filho e agora encontra-se em uma casa de repouso por conta do Alzheimer. Seu pai, Nino (Hector Alterio) é a coisa mais fofa do mundo. O amor que ele sente por Norma é comovente.  E é esse amor que o leva a querer gastar o dinheiro que economizaram  por toda a vida para realizar o único sonho de sua mulher  e que ele não havia conseguido realizar até então:  o de se casar na igreja.  Mesmo que ela não esteja mais em condições de entender isso.






Mas o filme não é só tristeza. Tem cenas bem engraçadas também, como por exemplo a cena em  que Nino liga para os parentes e amigos pra convidá-los para o casamento e só recebe notícia ruim. Ou a pessoa morrreu, ou está doente etc.  É ver que o tempo passou, né... Eu sei que falando assim, não é engraçado, mas só vendo pra entender...rsrsrs. Em outra cena, Rafael vai levar a filha na casa da ex-mulher e conta que pretende vender o restaurante e ir para o México. Então, diz que a filha poderia estudar lá ao que a mulher pergunta:  e quem vai dar aula pra ela? O professor Girafales??? M-O-R-R-I  de rir!!! Hauhauhuahuahua. Sem falar no esculacho que se segue pelo resto da cena.  Rafael deve ter se arrependido amargamente de ter iniciado o assunto. 


E tem Juan Carlos. Jesus, que homem doido! Tão doido que chega a ser chato...rsrsrs... Mas ao longo do filme você vai começando a gostar do bichinho, porque ele simplesmente é uma pessoa que não tem mais nada a perder e é sempre triste ver uma pessoa assim. Então, você acaba torcendo pra que Rafael o acolha. É hilária a cena em que Rafael vai até a gravação em que ele está participando como figurante para conversar.




 
Mas o que há mais pra se dizer desse filme no final das contas? É lindo!!! Ponto. Todos deveriam ter a oportunidade de vê-lo, para poder, assim como Rafael,  aprender a valorizar aquilo que tem e as pessoas que estão ao seu lado, porque sim, certas pessoas são insubstituíveis.