Esse é mais um filme do que estou chamando de "Projeto Argentina". Coincidentemente ou não, é mais um de Darín (porque o cara faz 99% dos filmes. Não tem como fugir dele). Tenho um "Projeto Hitchcock" também, então, provavelmente, em breve terei alguma coisa dele por aqui também.
O filho da noiva (El hijo de la novia)
Direção: Juan José Campanella
Roteiro: Juan José Campanella e Fernando Castets
Ano: 2001
“Ela pedia que a seguissem... que ia levá-las à melhor mesa. Dizia isso pra todo mundo, que os levaria à melhor mesa. E todos acreditavam, porque se ela te levava... era a melhor mesa”
(Nino Belvedere)
Saudades e um amor tão profundo que chega a doer a alma.
Filme lindo!
Esse filme é mais uma parceria entre Ricardo Darín e Juan
José Campanella e é um drama familiar, do cotidiano. Se você não gosta desse
tipo de filme, nem comece a ver. Aliás,
esses argentinos não prestam. Fui ver esse filme pensando que era outro e
quebrei minha cara. Soco no estômago. Fiquei lá que nem uma idiota chorando do
início ao fim. Pensei até que estivesse
vendo “Amour” por engano (Se bem que Amour deve ser mil vezes “pior”). Masoquismo
define. Mas é maravilhoso. Comovente e
delicado.
Ele conta a história da família de Rafael, um homem que está
passando por uma crise existencial: está em um relacionamento, mas não quer
assumir nenhum compromisso, o restaurante da família está indo mal das pernas e
o relacionamento com sua ex-mulher e sua filha está cada vez pior. Além disso, sempre teve um um relacionamento
delicado com a mãe, Norma (Norma Alejandro), que por sua vez, nunca levou fé no
filho e agora encontra-se em uma casa de repouso por conta do Alzheimer. Seu
pai, Nino (Hector Alterio) é a coisa mais fofa do mundo. O amor que ele sente
por Norma é comovente. E é esse amor que
o leva a querer gastar o dinheiro que economizaram por toda a vida para realizar o único sonho
de sua mulher e que ele não havia conseguido
realizar até então: o de se casar na
igreja. Mesmo que ela não esteja mais em
condições de entender isso.
Mas o filme não é só tristeza. Tem cenas bem engraçadas
também, como por exemplo a cena em que
Nino liga para os parentes e amigos pra convidá-los para o casamento e só
recebe notícia ruim. Ou a pessoa morrreu, ou está doente etc. É ver que o tempo passou, né... Eu sei que
falando assim, não é engraçado, mas só vendo pra entender...rsrsrs. Em outra
cena, Rafael vai levar a filha na casa da ex-mulher e conta que pretende vender
o restaurante e ir para o México. Então, diz que a filha poderia estudar lá ao
que a mulher pergunta: e quem vai dar
aula pra ela? O professor Girafales??? M-O-R-R-I de rir!!! Hauhauhuahuahua. Sem falar no
esculacho que se segue pelo resto da cena.
Rafael deve ter se arrependido amargamente de ter iniciado o assunto.
E tem Juan Carlos. Jesus, que homem doido! Tão doido que chega a ser chato...rsrsrs... Mas ao longo do filme você vai começando a gostar do bichinho, porque ele simplesmente é uma pessoa que não tem mais nada a perder e é sempre triste ver uma pessoa assim. Então, você acaba torcendo pra que Rafael o acolha. É hilária a cena em que Rafael vai até a gravação em que ele está participando como figurante para conversar.
Mas o que há mais pra se dizer desse filme no final das
contas? É lindo!!! Ponto. Todos deveriam ter a oportunidade de vê-lo, para poder,
assim como Rafael, aprender a valorizar
aquilo que tem e as pessoas que estão ao seu lado, porque sim, certas pessoas
são insubstituíveis.
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